domingo, 20 de dezembro de 2009

A formação discursiva AD!

A FORMAÇÃO DISCURSIVA

Os estudiosos de AD postulam que, se por um lado não há discurso destituído de ideologia, por outro , não há discurso que não tenha e/ou apresente a inscrição de outros, visto que todos eles nascem e apontam na perspectiva de suas relações com outros discursos. Desse modo, a AD privilegia o conceito de interdisciplinariedade para os estudos que desenvolve no campo da investigação sobre a linguagem.
Segundo Pêcheux , o conceito de formação discursiva compreende o lugar de construção dos sentidos, determinando o que “pode” e “deve” ser dito, a partir de uma posição numa dada conjuntura. Assim sendo, a uma dada formação discursiva sempre corresponde uma dada formação ideológica.
Para Orlandi (1988), é na formação discursiva que se constitui o domínio do saber, o que funciona como um princípio de aceitabilidade para um conjunto de formulações e, ao mesmo tempo, como um conjunto de exclusão do “não-formulável”.
Entende-se, assim, que a formação discursiva não só se circunscreve na zona do dizível – do que pode e o que deve ser dito – definindo conjunto(s) de enunciado(s) possíveis, a partir de um lugar determinado, como também circunscreve o lugar do não dizível – o que não pode e o que não deve ser dito. Por esta razão, para tratar de formações discursivas, faz-se necessário tratar da interação entre formações discursivas, pois que a identidade do discurso se constrói na relação com o Outro, esteja esse Outro marcado ou não lingüisticamente.
Postula Maingueneau (1989) que quando se busca especificar a noção de interdiscurso, faz-se necessário recorrer a três conceitos complementares, a saber:
. universo do discurso – compreendendo o conjunto de formações discursivas de todos os tipos de discurso que interagem numa dada conjuntura. Em sendo este conjunto bastante amplo, afirma o autor que ele jamais poderá ser concebido na sua globalidade; por conseguinte, a utilização da noção de universo de discurso só se presta para definir campos discursivos;
. campos discursivos – compreendendo um conjunto de formações discursivas que se encontram em relação de concorrência em uma dada região do universo discursivo;
. espaço discursivo – compreendendo a delimitação de subconjuntos(s) do campo discursivo, estabelecendo relações cruciais entre pelo menos duas formações discursivas.
É importante ressaltar que as formações discursivas, por pertencerem ao mesmo momento histórico instituem em campo discursivo, devido ao fato de possuírem a mesma formação sócio-histórica; razão por que é o princípio da contradição a marca de especificidade da formação discursiva. Essa contradição funciona como princípio de historicidade do discurso. Entende-se, pois, que a concepção de formação discursiva não se remete ao fechamento, à imobilidade – expressão cristalizada da visão de mundo de um grupo social – mas a um domínio aberto e inconsistente ( cf. Brandão,1991)
Segundo Courtine (1981), uma Formação Discursiva se dissocia de uma memória discursiva que pode ser compreendida a partir de três domínio diferentes:
. domínio da memória: aquele que se circunscreve à seqüências discursivas pré-existentes – formulações já enunciadas – que toda formação discursiva faz circular;
. domínio da atualidade: aquele que se circunscreve a seqüências discursivas em uma dada conjuntura histórica dada, inscrevendo-se na instância do acontecimento, de modo a fazer irromper um acontecimento passado, para reatualizá-lo;
. domínio da antecipação: aquele que se circunscreve a seqüências discursivas que mantém relações interpretáveis como efeitos de antecipação, revelando: ser impossível atribuir um fim a um processo discursivo; ser sempre possível relacionar uma seqüência discursiva com o seu exterior, possibilitando provar que sempre haverá outras relações; ser possível – a partir de resultados obtidos em análise – construir um domínio de antecipação.
Entende Brandão (1991) que “ (...) a existência de uma formação discursiva como memória discursiva e a caracterização de efeitos de memória em discurso, produzidos numa dada conjuntura histórica, devem ser articulados com os dois níveis de formação discursiva: o nível interdiscursivo e o nível intradiscursivo.”
O nível interdiscursivo é compreendido por Maingeneau como a relação de um discurso com outros discursos do mesmo campo, podendo divergir deles ou apresentar enunciados semanticamente vazios em relação àqueles que autorizam sua formação discursiva. O nível do intradiscurso é compreendido como a relação que o discurso defino com outros campos discursivos, dependendo de serem os enunciados do discurso citáveis ou não. Nesse sentido, pode-se propor a existência de uma intensa circulação de “saberes” de uma região para outra no universo discursivo.
Entende-se que, em se tratando do nível interdiscursivo, na formação dos enunciados está implicado o próprio saber sobre uma formação discursiva, de modo que os próprios enunciados existem no tempo de uma memória. Assim sendo, esse saber envolve toda uma transmissão cultural, não só transmitida de geração em geração, mas também regulada pelas instituições.
Assim, no nível interdiscursivo – designado intertextualidade interna por Maingueneau – a memória discursiva possibilita, por uma lado, a circulação de formulações anteriores e, por outro, o aparecimento, a rejeição e a transformação de enunciados pertencentes a formações discursivas historicamente contíguas , visto que enunciar é sempre se situar em relação ao “já dito”: o que se constitui no “outro” discurso.

Formação ideológica da análise do discurso!

A FORMAÇÃO IDEOLÓGICA DA ANÁLISE DO DISCURSO

Segundo Pêcheux a ideologia adquire materialidade no discurso, assim, ao se analisar a articulação da ideologia com o discurso, o analista tem de se reportar a dois conceitos tradicionais da AD, a saber, o conceito de formação ideológica e o de formação discursiva: “a região do materialismo histórico que interessa ao estudo do discurso é a da superestrutura ideológica ligada ao modo de sua produção dominante na formação social considerada.” Desse modo, para o referido autor, a região da ideologia deve ser caracterizada por uma materialidade específica articulada sobre a materialidade econômica.
Por conseguinte, a ideologia vai funcionar como reprodutora das relações de produção, isto é, o sujeito será assujeitado como sujeito ideológico, de forma que cada sujeito interpelado pela ideologia busque ocupar o seu lugar em um grupo ou classe social de uma determinada formação social, acreditando estar exercendo a sua livre vontade.
Por sua vez, as classes sociais mantêm e perpetuam a ideologia através do que Althusser (1974) denominou de AIE (Aparelhos Ideológicos do Estado). Assim, os AIE(s) “colocam em jogo práticas associadas a lugares ou a relações de lugares que remetem à relação de classe.” Segundo Brandão (1991), por esse motivo, num determinado momento histórico e no interior dos aparelhos ideológicos, as relações de classe podem se caracterizar pelo afrontamento de posições políticas e ideológicas que se organizam de forma a entreter entre si relações de aliança, de antagonismos ou de dominação.
Brandão também afirma que os discursos são governados por formações ideológicas, entendendo formações ideológicas como um elemento capaz de intervir como uma força em confronto com outras forças na conjuntura ideológica de uma formação social, em um determinado momento. Entende a autora que, “cada formação ideológica constitui um conjunto complexo de atitudes e de representações que não são nem ‘ individuais’ nem ‘universais’, mas se relacionam mais ou menos diretamente a posições de classe em conflito umas em relação às outras.”.
Nesse sentido, a formação ideológica tem como um de seus componente uma ou várias formações discursivas interligadas. Desse modo, as formações discursivas inscritas em uma formação ideológica é que vão determinar “ o que pode ou deve ser dito” a partir de uma conjuntura dada.
Conclui-se, assim, que as formações discursivas representam, na ordem do discurso as formações ideológicas que lhe correspondem. Se é a formação discursiva que determina o que se pode e o que se deve dizer – a partir de uma posição dada, em uma dada conjuntura – as palavras, expressões e proposições em uso recebem o seu sentido da formação discursiva na qual são produzidas. Desse modo, tais palavras, expressões ou proposições mudam de sentido segundo as posições mantidas pelos que as empregam, o que significa que elas tomam seu sentido em referência a essas posições, isto é, em referência às formações ideológicas nas quais essas posições se inscrevem.

Análise do discurso de linha francesa!

ANÁLISE DO DISCURSO :


Concebe-se a Análise do Discurso de linha francesa (AD) como um modelo metodológico que, segundo Maingueneau (1989), surgiu na década de 60 associada a uma tradicional prática escolar francesa: a explicação de textos. Trata-se, portanto, de uma metodologia que, privilegiando a interdisciplinariedade, articula pressupostos teóricos da Lingüística, do Materialismo Histórico e da Psicanálise.
Os fundamentos da psicanálise sustentam explicações para os processos de representação do referente textual, coletivamente construído por interações discursivas e por um sujeito fragmentado que tem a ilusão de ser uno. Contudo, ao falar e/ou enunciar seu discurso, ele sempre está se remetendo ao já-dito, a outros discursos. (cf. Orlandi, 1983)
Os fundamentos do materialismo histórico sustentem explicações sobre situações das quais o sujeito participa como membro de uma sociedade estratificada por classes sociais, e onde ele assume diferentes papéis. Mas, enquanto membro dessa sociedade, esse sujeito não tem autorização para representá-la, razão pela qual o grau de participação social do sujeito é determinado pelo seu nível de qualificação. Nesse sentido, fragmentado-se em diferentes sujeitos, participa apenas de situações autorizadas, já que cada situação exige-lhe um comportamento, um estilo, um conhecimento sobre o contexto histórico-social, enfim, um discurso. (cf. Pêcheux, 1990)
Os fundamentos lingüísticos da teoria da enunciação sustentam explicações sobre relações enunciativas nas quais os interlocutores, situados num aqui e num agora, não só se assumem reciprocamente mas também se atribuem identidades, por um jogo de imagens ideologicamente forjadas a partir de formações discursivas vigentes.
Os fundamentos teóricos da disciplinas acima enunciadas possibilitaram a Pêcheux e Funchs (1975) elaborarem um quadro epistemológico da AD, no qual se articulam a concepção de discurso focaultiniano e a teoria materialista do discurso, englobando três dimensões do conhecimento científico:
a) o materialismo histórico;
b) os conhecimentos lingüísticos, compreendendo uma teoria de determinação histórica dos processos de enunciação; e
c) os conhecimentos sobre o discurso, compreendendo uma teoria de determinação histórica dos processos semânticos.
Tais dimensões abarcam conceitos fundamentais como o de formação social, o de língua e o de discurso, estando todos eles atravessados por uma teoria da subjetividade de natureza psicanalítica.
Ressalta, ainda, Brandão (1991) que a AD também atribui relevo a concepção de língua postulada por Bakhtin – para quem a língua é concebida como “algo concreto”, fruto da manifestação individual de cada falante – e, por esta razão, os analistas do discurso também valorizam a fala, de modo que, ao tratar da linguagem, eles a conceberão como um modo de ação social: um espaço de conflitos e de embates ideológicos. Entende-se, pois, que a linguagem não poderá ser estudada fora dos quadros sociais, visto que o seu (dela) processo constituidor e seus sentidos são histórico-sociais; razão pela qual os conceitos de condição de produção do discurso, de formação discursiva e de formação ideológica são postulados pelos estudiosos da AD como sendo fundamentais para o estudo da linguagem.
Segundo Silveira (1994), a Análise do Discurso de linha francesa (AD) privilegia em seus estudos a noção de sujeito e de interdiscursividade, acrescentando a ambas as noções de história e de ideologia. Assim, o sujeito é concebido como essencialmente histórico; razão porque sua fala é sempre produzida a partir de um determinado lugar e de um determinado tempo e, desse modo, à noção de sujeito histórico articula-se a de sujeito ideológico. Por conseguinte, “ o que” este sujeito fala sempre compreende um recorte das representações de um tempo histórico e de um espaço social, tratando-se de um sujeito “descentrado” entre o “eu” e o “outro”: um ser projetado num espaço e num tempo. Tal projeção faz com que esse sujeito situe o seu discurso em relação aos discursos do outro. Para a autora, o “outro” compreende não só o destinatário – aquele para quem o sujeito planeja e ajusta a sua fala no plano intradiscursivo – mas também envolve outros discursos historicamente já costurados (interdiscurso) e que emergem em sua fala.
Essa concepção de sujeito abarca a noção de alteridade : um sujeito que luta para ser uno mas que – na materialidade discursiva - é polifônico. Nesse sentido, entende-se que a alteridade introduz tanto o conceito de história como o de ideologia. Tal deslocamente do sujeito do discurso é tratado por Orlandi (1988) como dispersão: a produção de um discurso heterogêneo por incorporar e assumir, pelo diálogo, diferentes vozes sociais, relacionando “o mesmo” com o seu “outro”, de modo a reconhecer no discurso a coexistência de várias linguagens em uma só linguagem.

Materialismo Histórico Dialético!

Onde surgiu o Materialismo Histórico Dialético?
Na Europa ocidental.

Quando surgiu o Materialismo Histórico Dialético?
O Materialismo Histórico Dialético surgiu a partir da publicação do Manifesto comunista , por Karl Marx e Friedrich Engels (porém, Marx já apresentara seus traços em 1847, em sua obra “A Miséria da Filosofia”).

Essa tese foi formulada e utilizada também em outros livros de Marx (O 18 Brumário de Luis Bonaparte e O capital) e de Friedrich Engels (Socialismo utópico e socialismo cientifico ), e por Rosa luxemburgo e Lênin .

Como surgiu o Materialismo Histórico Dialético?
Através do pensamento marxista-socialista expresso nos livros que foram publicados por Marx e Engels (em contraposição ao surgimento da sociedade capitalista-industrial do século XIX).

Por que surgiu o Materialismo Histórico Dialético?
O Materialismo Histórico Dialético surgiu, pois se percebeu a necessidade de um pensamento que aferisse a realidade de modo diferente, e em oposição, à concepção idealista da história (vale dizer que Marx tentava superar Hegel - dialética do Idealismo - e Feuerbach - dialética materialista com preservação de valores cristãos) embora adotando o mesmo método dialético (de ambos).

Funcionalismo e estruturalismo

Método funcionalista

Refere-se ao estudo das culturas sob o ponto de vista da função ,ou seja, ressalta a
funcionalidade de cada unidade da cultura no contexto cultural global. Uma caracteristica
da abordagem funcional e descobrir as convenções existentes em uma cultura e saber como
funcional.Averiguar as funções de usos e costumes de determinada cultura que levam a uma
identidade cultural, observação, entrevista, etc.

.
O estruturalismo

Claude Lévi-Strauss O Estruturalismo é uma modalidade de pensar e um método de análise praticado nas ciências do século XX, especialmente nas áreas das humanidades. Metodologicamente, analisa sistemas em grande escala examinando as relações e as funções dos elementos que constituem tais sistemas, que são inúmeros, variando das línguas humanas e das práticas culturais aos contos folclóricos e aos textos literários. Partindo da Lingüistica e da Psicologia do principio do século XX, alcançou o seu apogeu na época da Antropologia Estrutural, ao redor dos anos de 1960. O Estruturalismo fez do francês Claude Lévi-Strauss o seu mais celebrado representante, especialmente em seus estudo sobre os indígenas no Brasil e na América em geral, quando dedicou-se a “busca de harmonias insuspeitas”

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Teoria Behaviorista da Aquisição da Linguagem

A teoria epistemológica explica melhor os fatos educacionais. Nessa perspectiva, as teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem tentam explicar a forma como a linguagem verbal é adquirida por qualquer criança, em qualquer língua, em qualquer tempo. No presente artigo, iremos tratar da Teoria Behaviorista da aquisição da linguagem ou da língua materna.
Para que possamos melhor entender a Teoria Behaviorista da Linguagem, doravante abreviada por nós por TBL, importante é entendermos as acepções do termo: psicológica e lingüisticamente. No âmbito da psicologia, o behaviorismo é teoria e método de investigação psicológica que procura examinar do modo mais objetivo o comportamento humano e dos animais, com ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer recurso à introspecção.
Mais voltada ao comportamento animal do que ao conhecimento humano, a teoria behaviorista também pode ser denominada teoria comportamental. Por ser, doutra sorte mais tendente à prática ou à experiência, seu caráter é essencialmente empirista. Nesse tocante, o vínculo do bahaviorismo ao empirismo, portanto, do método behaviorista à doutrina empirista, leva-nos a salientar que tal vínculo resulta, dentro de uma dimensão filosófica, do entendimento segundo a qual todo conhecimento, inclusive o lingüístico, provém unicamente da experiência, limitando-se ao que poder captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, sendo, porém, descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou apriorísticas e inatas do racionalismo.
No âmbito escolar, podemos sentir bem a presença ou atitude behaviorista da escola quando oferta um ensino repetitivo, reprodutivista, pouco reflexivo, em que o aluno, considerado uma tabula rasa, está, em sala para receber conhecimento, não se reconhecendo, assim, no educando, um ser atuante no processo de aprendizagem. Exercícios prontos, acabados, com um sentido só, entre outras características do modelo tradicional, não só sustentam um modelo pedagógico no País mas se sustenta teoricamente, em boa parte, nas teses behavioristas da aquisição da língua materna.
No âmbito da Lingüística, que é o que mais no interessa aqui, o bahaviorismo é doutrina apoiada na proposta teórica de L. Bloomfield e depois por B. F. Skinner, que busca explicar os fenômenos da comunicação lingüística e da significação na língua em termos de estímulos observáveis e respostas produzidas pelos falantes em situações específicas.
A teoria behaviorista durou, principalmente, nos anos 50, no domínio da psicologia como no domínio da lingüística. Além de Skinner(1957), estão associados a este teoria, do ponto de vista lingüístico, nomes como Osggod(1966) e White (1970).
A teoria behaviorista da linguagem parte do pressuposto de que o processo de aprendizagem consiste numa cadeia de estímulo-resposta-reforço. O ambiente fornece os estímulos - neste caso, estímulos lingüísticos - e a criança fornece as repostas - tanto pela compreensão como pela produção lingüística. A criança, por esta teoria, durante o processo de aquisição lingüística, é recompensada ou reforçada na sua produção pelos adultos que a rodeiam.

A linguagem segundo chomsky (competência e desempenho)

Princípios Universais: gramática universal, que só é acessada espontaneamente até um período da vida; é como tentar “adquirir” uma língua estrangeira após a puberdade na qual a pessoa não adquire uma língua (natural), mas sim aprende portanto é mais complicado e com esforços.•Competência e desempenho dos conceitos de Chomsky, competência gramatical é o saber lingüístico abstrato que temos em nossa mente.Esse saber é acessado toda vez que precisamos produzir ou compreender frases.O uso da competência em situação de fala especifica é que constituem o desempenho lingüístico: a competência é um saber e o desempenho é um fazer.

Gerativismo: Conceitos Fundamentais



•Em 1957 : momento inicial do Gerativismo•Conceitos de Linguagem e Língua para Chomsky: linguagem é uma capacidade mental dos seres humanos, é isso que nos diferenciam dos animais; pode-se partir de uma materialidade para falar de outra, ou seja, para falar de uma árvore não é preciso estar segurando uma.A linguagem humana é a única possível de decomposição, ou seja, podemos chegar em seus fonemas já dos animais é como se fosse um código.Essa capacidade é a mesma independentemente da cor, raça ou credo tendo a idéia para Chomsky que não tem relações culturais diferentes dos materialistas na qual culturas diferentes tem visões diferentes de compreender o mundo.Chomsky radicaliza sua hipótese na qual a linguagem tinha de ser estudada nas ciências naturais por ser de ordem biológica. Quando a gente fala, demonstramos saber muito mais do que ouvimos; somos capazes de produzir infinitos sons partindo de finitos fonemas
Questões
1) O programa de pesquisa gerativista assume como um dos seus pressupostos que a linguagem é uma capacidade inata dos seres humanos. Segundo os gerativistas, quais são evidências que sustentam esse pressuposto?
Todos os humanos falam suas linguas vernaculas ,todos pussuem o mesmo grau de produção de fala ;ou seja ; todos tem uma linguagem inata .Segundo os gerativistas uma criança domina seu sisema linguistico rapidamente . Asimm os gerativistas pressupoe que a linguagem é uma caracteristica biológica , que se comprova pela evidência de doenças como afasia (doença advinda de lesões em regiões cerebrais responsáveis pela comunicação, interpretação, identificação e outros recursos que dependem diretamente da linguagem. Outro embasamento para isso seria que cada pessoa possui uma gramatica universal interna,segundo chomsky!


2) A linguagem humana, no entendimento de Noam Chomsky, baseia-se em uma propriedade elementar chamada propriedade da INFINITUDE DISCRETA. Explique o que vem a ser tal propriedade.
Segundo Chomsky, com um número limitado de elementos linguísticos é possível criar infinitas frases para transmitir o que precisamos. Mas isto não se limita ao nível frasal; pode ser extendido desde o nível fonético (com um número entre 30 e 60 fonemas qualquer língua consegue construir sequencias fonéticas e, posteriormente, palavras, frases…), morfológico, sintático… Assim, este é um forte argumento que só os seres humanos tem a faculdade da linguagem, cuja função foi descrita no enunciado acima e justifica a propriedade de infinitude discreta proposta e estudada por Chomsky.

sábado, 21 de novembro de 2009

Resenha!

Introdução a liguistica

princípios de análise , José Fiorin

Resenha!
A parte central da competência lingüística dos seres humanos é saber como os itens lexicais de uma língua se estruturam em uma sentença.O falante de qualquer língua tem o conhecimento total sobre os itens lexicais de sua língua, se organizam para formar expressões cada vez mais complexas, até chegar ao nível da sentença.Imaginemos o léxico de nossa língua como uma espécie de dicionário mental composto pelo conjunto de palavras que utilizamos para construir nossas sentenças. Nossa competência nos permite dividir esse dicionário, agrupando itens lexicais de acordo com algumas propriedades gramaticais que eles compartilham. Essas propriedades nos levam a distinguir um grupo por oposição ao outro. Assim, por exemplo, no processo de aquisição de nossa língua materna, sabemos, desde muito cedo, que um item lexical como mesa é diferente de um item lexical como cair.Sabemos também que as sentenças de nossa língua não são resultados da mera ordenação de itens lexicais em uma seqüência linear. Sem nunca ter passado por um aprendizado formal a respeito desse assunto, sabemos que uma seqüência de palavras como menino bicicleta o da caiu não é uma sentença do português. Sabemos, portanto, que a estrutura da sentença não é linear, mas sim hierárquica.Nossa competência também nos indica que uma sentença se constitui de dois tipos de itens lexicais: de um lado, estão aqueles que fazem um tipo particular de exigência e determinam os elementos que podem satisfazê-la; e de outro, estão os itens lexicais que satisfazem as exigências impostas pelos primeiros. Ex: “O João construiu uma casa”. Intuitivamente, sabemos que o verbo construir é um item lexical do tipo que faz exigências. Construir precisa ser acompanhado de duas outras expressões lingüísticas: uma que corresponda ao objeto construído e outra, ao agente construtor. Uma casa, e o João são as expressões que, respectivamente satisfazem essas exigências impostas por construir.


2. Categorias gramaticais.
Os falantes de uma língua sabem que um certo item lexical pertence a uma determinada categoria gramatical . Qualquer falante da língua portuguesa dirá que a palavra menino é do mesmo tipo que garota ou cachorros e de um tipo diferente das palavras comprar, comprou, compraria, que, por sua vez, são do mesmo tipo que cantar, cantávamos , cantarão. Alguns poderiam dizer que esse saber é conseqüência do conhecimento do significado do item lexical em questão. No entanto se expusermos os falantes a sentenças com palavras inventadas, que não existem no dicionário da língua, mas que exibem o comportamento gramatical próprio de uma determinada categoria de palavras, sem dúvida, tal falante reconhecerá a palavra inventada como integrante da categoria condizente.Ex: Plongar, palavra não encontrada em nenhum dicionário da língua portuguesa.
(1)a. Os meninos plongam sempre aos domingos.
b. Na minha infância, eu plongava todas as tardes.
c. Uma vez, um jornalista do Estado plongou vários artistas aposentados.
d. Quando ele chegou, nós estávamos plongando os convidados todos.
Qualquer falante da português classifica a palavra “plongar” como pertencente á mesma categoria de “cantar” ou “comprar”. Mais ainda, se ele tiver conhecimento da metalinguagem da teoria gramatical dirá não só que plongar é um verbo, mas também que é um verbo que tem um sujeito e um complemento. Ele é capaz de dizer essas coisas, pois é capaz de perceber quais são as propriedades gramaticais – morfológicas, distribucionais e semânticas – que caracterizam cada uma das categorias da língua.Nessas sentenças, “plongar” carrega marcas morfológicas que variam de acordo com os traços de pessoa e numero do elemento que o antecede. Essas marcas também variam dependendo de a situação descrita pela sentença ter ocorrido em um tempo anterior ao momento da fala.Na língua portuguesa, somente itens lexicais do tipo de “plongar”, isto é, verbos, recebem sufixos que denotam o tempo e o aspecto do evento descrito pela sentença e que estabelecem uma concordância de numero e pessoa com o seu sujeito.Além do critério morfológico, a posição de um item lexical, funcionando, assim, como um critério distribucional.As propriedades morfológicas, distribucionais e semânticas próprias de cada um dos itens lexicais de uma língua nos permitem agrupá-los em categorias que passam a ser definidas exatamente pelo fato de que os itens que as integram compartilham tais propriedades gramaticais. Sendo assim, o trabalho do analista da linguagem, é observar o comportamento gramatical de cada um dos itens lexicais que integra o dicionário de sua língua e dividi-los em grupos de itens que exibem comportamentos comuns. Cada grupo corresponde a uma categoria gramatical.O trabalho de agrupamento de itens lexicais de cada uma das línguas naturais em categorias é tão antigo quanto os estudos lingüísticos. Qualquer livro de gramática contém uma seção chamada “classes de palavras”, em quem, a partir de alguns critérios tomados como definidores, classificam-se os itens lexicais de uma língua.O modo como tais livros nos apresentam as categorias gramaticais de nossa língua nos dá a impressão de que o trabalho de classificação dos itens lexicais do português já está pronto, restando-nos somente memorizar os critérios impressos sob a forma de definições e, consequentemente, memorizar os itens que integram cada classe. No entanto, quem já se submeteu á tarefa de analisar a língua viva, defrontou-se com problemas, uma vez que, nesses livros, só vemos tratados os casos prototípicos. É por isso que, no nosso entender, devemos não memorizar, mas iniciar-nos no trabalho de observação das propriedades gramaticais dos itens lexicais de nossa língua para, assim, ter a experiência da própria elaboração de agrupamentos que serviram de base para o estabelecimento das categorias gramaticais.



3. Estrutura de constituintes

As sentenças das línguas naturais são formadas por uma seqüência linear de itens lexicais, porém essa seqüência não é aleatória. Sabemos que uma sentença como (1)a é possível português, diferentemente de (1)b que é impossível no português.

(1) a. O menino comprou uma bicicleta nova com a mesada.
(1) b. A comprou uma menino nova o com bicicleta mesada.

Esse conhecimento é parte de nossa competência lingüística; jamais fomos formalmente ensinados a reconhecer estruturas possíveis ou impossíveis em nossa língua, temos uma instituição a respeito de como as seqüências de elementos lingüísticos devem se estruturar sucessivamente, de modo a formar unidades. Essas unidades são chamadas de constituintes sintáticos.Por exemplo, na sentença (1)a, sabemos que o item lexical “nova” deve se juntar à palavra “bicicleta” para formar um constituinte superior – “bicicleta nova” – que se junta ao item lexical “uma”, para formar um constituinte ainda superior – “uma bicicleta nova”. O mesmo acontece com as palavras “menino” e “o”, que formam um constituinte superior –“o menino”, e com os itens “mesada” e “a”, que formam um outro constituinte – “a mesada” que, por sua vez, se junta com a palavra “com”, para formar um constituinte hierarquicamente superior – “com a mesada”. O verbo “comprou” e os constituintes “uma bicicleta nova” e “com a mesada” se juntam, formando um constituinte hierarquicamente mais alto – “comprou uma bicicleta nova com a mesada”. E, por fim, os constituintes complexos “o menino” e “comprou uma bicicleta nova com a mesada” se juntam para formar o constituinte hierarquicamente mais elevado, que é a sentença.Essa organização é chamada de estrutura de constituintes. Como é impossível de atribuirmos uma estrutura de constituintes ao exemplo (1)b que o torna agramatical.Em resumo, as sentenças das línguas naturais são formadas a partir da estruturação hierárquica de seus constituintes, em que palavras são agrupadas em sintagmas e sintagmas são agrupados em sintagmas mais altos, até que se chegue ao nível da sentença.


3.1 Evidências para a estrutura de constituintes

Tomemos como exemplo a seguinte sentença:(2) O João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã.
Para obtermos certos efeitos discursivos, podemos deslocar os constituintes de várias formas, como:- Topicalização: os vários constituintes da sentença podem ser colocados em posição inicial:

(3)a. Amanhã, o João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’.
(3)b. Na Borders’, o João vai comprar o último livro do Chomsky amanhã.
(3)c. O último livro do Chomsky, o João vai comprar na Borders’ amanhã.
(3)d. Do Chomsky, o João vai comprar o último livro na Borders’ amanhã.
(3)e. Comprar o último livro do Chomsky, o João vai amanhã, na Borders’.

Clivagem: os constituintes da sentença são não só movidos para uma posição frontal, mas também são ‘ensanduichados’ entre o verbo ser e o conectivo que; esse deslocamento serve para construirmos sentenças de foco:

(4)a. É o João que vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã.
(4)b. É o último livro do Chomsky que o João vai comprar na Borders’ amanhã.
(4)c. É na Borders’ que o João vai comprar o último livro do Chomsky amanhã.
(4)d. É amanhã que o João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’.


E, da mesma maneira, alguns constituintes podem ser deslocados para a posição final da sentença:

(5)a. O João contou [toda a história sobre aquele terrível mal-entendido] [para a Maria].
(5)b. O João contou [para a Maria] [toda a história daquele terrível mal-entendido].

Passivização: a estrutura de um constituinte de uma sentença construída com um verbo transitivo direto:

(6)a. O último livro do Chomsky vai ser comprado pelo João amanhã na Broders’.
(6)b. Toda a história daquele terrível mal-entendido foi contada pelo João para a Maria.

Fragmentos de sentenças: ao invés de dar uma resposta completa à pergunta, usa-se uma forma curta, ou seja, um fragmento de sentença. Mas só constituintes podem servir como fragmentos de sentença em respostas:

(7) A: Quem vai comprar o último livro do Chomsky amanhã?
B: O João.
(8) A: O que o João vai comprar amanhã?
B: O último livro do Chomsky.
(9) A: De quem o João vai comprar o último livro amanhã?
B: Do Chomsky.
(10) A: Quando o João vai comprar o último livro do Chomsky?
B: Amanhã.
(11) A: Onde o João vai comprar o último livro do Chomsky?
B: Na Borders’.
(12) A: O que o João vai fazer?
B: Comprar o último livro do Chomsky.
(13)* A: O João vai comprar o último livro do Chomsky amanhã?
B: Vai.


Nota-se que, em (13), consegue-se isolar um constituinte – o verbo auxiliar vai – que não havíamos conseguido separar pelas construções que envolvem movimento.- Pronominalização: evidência sintática que comprova a estrutura de constituintes e que já não diz mais respeito à sua distribuição na sentença; as línguas naturais utilizam-se de proformas para retomar a referência de entidades e eventos já mencionados na sentença ou no discurso. As proformas, no entanto, só substituem constituintes sintáticos, portanto, toda vez que pudermos substituir uma seqüência de palavras por uma proforma, vamos estar diante de um constituinte sintático:

(14)a. O João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã.
(14)b. Ele vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã. (o João)
(14)c. O João vai comprá-lo na Borders’ amanhã. (o último livro do Chomsky)
(14)d. O João vai comprar o último livro do Chomsky lá amanhã. (na Borders’)
(14)e. O João vai fazê-lo amanhã. (comprar o último livro do Chomsky na Borders’)
(14)f. O João vai fazê-lo. (comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã)
Elipse: evidenciar constituintes cujo núcleo é o verbo; respeitadas certas condições discursivas, algumas partes da sentença podem ser elididas:
(15) A: A criança não vai parar de gritar.
B: Eu acho que ela vai [parar de gritar], mas só se você parar de dar bola para ela.
(16)a. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria também [vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã].
(16)b. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria também vai [comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã].
(16)c. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria vai [comprar o último livro do Chomsky na Borders’] na segunda-feira.
(16)d. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria vai [comprar o último livro do Chomsky] na Brentano’s

Os exemplos em (16) mostram que a elipse se aplica sobre um constituinte de sentença coordenada, que é idêntico a um constituinte da primeira sentença. Isso mostra que aquilo que a gramática tradicional chama predicado tem uma estrutura bastante complexa, sendo formado por vários constituintes hierarquicamente relacionados.Em resumo, vimos vários fatos sintáticos que evidenciam que as sentenças das línguas naturais não podem ser entendidas apenas como uma seqüência linear de palavras. Elas são formadas por constituintes hierarquicamente estruturados. Porém, esses fatos sintáticos assumem um papel especial quando deparamos com um certo tipo de sentença ambígua. Nesses casos, além de evidenciar a estrutura de constituintes das sentenças das línguas naturais, esses fatos servem também para mostrar que existem ambigüidade que são causadas pela possibilidade de estarmos diante de duas ou mais estruturas sintáticas distintas.


3.2 Ambigüidades estruturais

Temos a seguinte sentença:
(17) O Pedro viu a menina com o binóculo

.Essa sentença tem duas possíveis interpretações. Em primeiro entende-se que o Pedro viu a menina através do binóculo que ele trazia com ele. Em segundo entende-se que a menina que o Pedro viu carregava um binóculo. Ou seja, na primeira interpretação, a expressão com o binóculo é entendida como o instrumento que possibilitou ao Pedro ver a menina; na segunda interpretação, a mesma expressão é entendida como algo que qualifica a menina que o Pedro viu.
Em contextos apropriados, a sentença (17) deixaria de ser ambígua: um contexto específico nos levaria a uma interpretação e não a outra. A sintaxe tem como um de seus objetivos o estabelecimento de princípios gerais que se apliquem de maneira uniforme a um tipo de sentença, independentemente do contexto particular em que ela foi enunciada. O que a sintaxe vai fazer é investigar a possibilidade de a ambigüidade de uma sentença como (17) estar associada a diferentes estruturas. Por exemplo:

(18)a. [Com o binóculo], o Pedro viu a menina.
(18)b. Foi [com o binóculo] que o Pedro viu a menina.
(19)a. [A menina com o binóculo], o Pedro viu.
(19)b. Foi [a menina com o binóculo] que o Pedro viu.Nas sentenças (a), acima, usamos a topicalização, e nas sentenças (b), usamos a clivagem. Com esses movimentos a ambigüidade desaparece.Vejamos os resultados da passivização:
(20)a. [A menina] foi vista pelo Pedro [com o binóculo].
(20)b. [A menina com o binóculo] foi vista pelo Pedro.

De novo, com a aplicação da passiva, a ambigüidade da sentença original se desfaz. A aplicação do teste de fragmento de sentença confirma essa idéia:

(21) A: Quem Pedro viu com o binóculo?B: A menina.
(22) A: Quem o Pedro viu?B: A menina com o binóculo.

O mesmo acontece com a pronominalização:

(23)a. O Pedro a viu com o binóculo. (a = a menina)
(23)b. O Pedro a viu. (a = a menina com o binóculo)

A primeira leitura, a de que o Pedro viu a menina através do binóculo está associada à possibilidade de “a menina” e “com o binóculo” serem dois constituintes separados. E a segunda leitura, a qual a menina que o Pedro viu carregava um binóculo está associada à possibilidade de “a menina com o binóculo” ser o único constituinte sintático. Assim, todos os movimentos e substituições de constituintes revelam essas possibilidades e evidenciam o caráter estritamente sintático da ambigüidade da sentença (17).


4. Predicados e argumentos

Considerando que usamos a língua para pensar, entendemos que os pensamentos são representações mentais da língua.Imaginemos uma fotografia. Se várias pessoas a observarem certamente cada uma irá sugerir uma determinada situação para o momento em que a fotografia foi tirada.Cada situação interpretada corresponde a uma palavra que é um verbo. Essas situações envolvem um determinado numero de participantes dependentemente de qual verbo é usadoHá verbos que requerem apenas um participante e outros que requerem mais de um, esses participantes são chamados de argumentos do predicado.Logo, argumentos do predicado são elementos que desempenham papeis específicos determinados pelos verbos.

Ex1: Criança adora gato.Adorar = Criança e Gato
Ex2: O gato está correndo pela salaCorrer = Gato

Os verbos são considerados predicados por excelência mas as preposições, os nomes e os adjetivos também podem desempenhar essas mesma função. Sendo assim, esses elementos determinam o numero de participantes da situação, as características desses participantes e o papel que cada um deles desempenha na situação.É importante lembrar que a noção de predicado tratada aqui não se refere exatamente ao predicado da gramática tradicional. Aqui predicados são itens capazes de impor condições sobre os elementos que constituem a situação. E argumentos são itens que satisfazem as exigências de combinação do predicado.Tratemos agora das preposições.A preposição Contar, por exemplo, comporta-se como os verbos em determinadas sentenças.

Ex: Houve uma guerra da criança contra o gato.Contra = criança e gato
Nessa situação se expressa o envolvimento de dois participantes, esses participantes atendem às exigências impostas pela preposição.Já nos nomes há uma relação de predicação dentro do próprio predicado.
Ex: A destruição dos novelos pelo gato vai irritar a mãe.Irritar = destruição dos novelos pelo gato e mãeDestruição = gato e novelos
Considerando agora os adjetivos as sentenças expressam propriedades que precisam ser atribuídas às entidades.
Ex: A poltrona é vermelha.Vermelha = poltrona.As exigências impostas pelos predicados podem ser de dois tipos: semânticas e sintáticas.· Semânticas: está relacionada aos papeis dos participantes na situação descrita. Tecnicamente são chamados de papeis temáticos. Papeis temáticos são papeis desempenhados por todo argumento de um predicado e quem define o papel do argumento é o próprio predicado.
Ex: O gato arrebentou um monte de lã.Arrebentou = arrebentador e arrebentadoPredicado agente pacienteAs informações semânticas aparecem nas sentenças de modo explicito diferente das informações de sintaxe que veremos a seguir.· Sintaxe: se dá pela relação que há entre o núcleo e seu complemento e pela relação entre o sub-constituinte (núcleo e complemento) e o especificador.
Ex: “João comprou batatas
Analise semântica:Comprar = João e batatas redicado argumentos-
Analise sintática:João:Papel = agente externoPosição= especificadorBatatas:
Papel= agente internoPosição= complemento (sub-constituinte)
Vale lembrar que as sentenças também podem conter constituintes que não são previstos como exigências dos predicados no léxico.
Ex: ”O João comprou batatas ontem.”João:Papel = agente externo
Batatas:Papel= agente interno
Ontem:Papel= AdjuntoO adjunto não forma um novo nível hierárquico, ele apenas repete o rotulo sintagma verbal. É exatamente isso que diferencia sintaticamente os argumentos e os adjuntos

sábado, 14 de novembro de 2009

Estruturalismo por Saussure

ESTRUTURALISMO, SEGUNDO SAUSSURE

Sincronia e Diacronia, segundo Saussure.O estruturalismo de Ferdinand Saussure ocupou-se do estudo sincrônico da língua, e, mesmo não tendo usado a nomenclatura, Estruturalismo, deixou valioso estudo sobre a estrutura da língua a que chamou de sistema. A publicação de seu trabalho intitulado “Cours de linguistique général” só se deu em 1916, três anos depois de sua morte. Este trabalho serviu de modelo e inspiração da corrente estruturalista, pós-saussuriana, em abordagens social, cultural e psicológicas, entre outras. O estudo dos signos ou, teoria geral da semiologia de Saussure, examina os elementos da linguagem (idioma) sincronicamente, e relega a Diacronia, a fala..A lingüística de Saussure baseava-se no estudo da estrutura da língua, e do uso coletivo, comum a todos os falantes, desprezando o individual, por considerar que a língua é homogênea e dinâmica, enquanto a fala é mutável. Assim, separou em langue e parole, a fim de estudar a língua, como sistema e dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue.“O mérito de Saussure consiste em lançar as bases para a compreensão do conceito de estrutura, plavra-chave para o desenvolvimento do pensamento lingüístico e das ciências sociais, a partir da década de 40. A idéia difundiu-se a ponto de constituir o fulcro da tendência conhecida por Estruturalismo” .Para Saussure, a língua é um sistema homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos e deve ser estudado separado da fala. Para ele, o estudo da fala seria problemático, por envolver todas as possibilidades imprimidas nela pelos falantes, impossibilitando sua análise científica. “A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma instituição atual e um produto do passado.” .Embora não tenha estudado a evolução da língua, Saussure a define como um agente transformador da linguagem e com isso, desperta, no futuro, o estudo também da fala. Nas palavras do teorizador, [...] tudo que é diacrônico na língua, não o é senão pela fala (parole). É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a princípio, por um certo número de indivíduos, antes de entrar em uso.” .Aprofundando-se apenas na Lingüística Sincrônica, o pai do Estruturalismo a divide em duas partes: a Sincronia Sintagmática e a Sincronia Paradigmática. A primeira delas, a Sintagmática, centrada no eixo das combinações dos sintagmas, estabelece relações baseadas no caráter linear da língua que, exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, ou seja, regras que limitam os falares, privilegiando o uso coletivo em oposição ao individual. E a relação Paradigmáticas, que “capta a natureza das relações que os unem em cada caso e cria com isso tantas séries associativas quantas relações existam” .Por outro lado, [...] “enquanto um sintagma suscita a idéia de uma ordem de sucessão e de um número de elementos, os termos de uma família associativa (paradigmática) não se apresentam nem em número definido nem numa ordem determinada...” .Portanto, é possível estudar apenas a estrutura, a (langue), porque, toda língua tem sua estrutura própria, e cada uma delas, seu modo de construção frasal, por isso é possível dizer: “preciso melhorar meu Inglês oral”, numa evidente afirmação de que conhece a gramática daquela língua..
Sincronia e Diacronia, segundo Saussure.O estruturalismo de Ferdinand Saussure ocupou-se do estudo sincrônico da língua, e, mesmo não tendo usado a nomenclatura, Estruturalismo, deixou valioso estudo sobre a estrutura da língua a que chamou de sistema. A publicação de seu trabalho intitulado “Cours de linguistique général” só se deu em 1916, três anos depois de sua morte. Este trabalho serviu de modelo e inspiração da corrente estruturalista, pós-saussuriana, em abordagens social, cultural e psicológicas, entre outras. O estudo dos signos ou, teoria geral da semiologia de Saussure, examina os elementos da linguagem (idioma) sincronicamente, e relega a Diacronia, a fala. .A lingüística de Saussure baseava-se no estudo da estrutura da língua, e do uso coletivo, comum a todos os falantes, desprezando o individual, por considerar que a língua é homogênea e dinâmica, enquanto a fala é mutável. Assim, separou em langue e parole, a fim de estudar a língua, como sistema e dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue.“O mérito de Saussure consiste em lançar as bases para a compreensão do conceito de estrutura, plavra-chave para o desenvolvimento do pensamento lingüístico e das ciências sociais, a partir da década de 40. A idéia difundiu-se a ponto de constituir o fulcro da tendência conhecida por Estruturalismo”.Para Saussure, a língua é um sistema homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos e deve ser estudado separado da fala. Para ele, o estudo da fala seria problemático, por envolver todas as possibilidades imprimidas nela pelos falantes, impossibilitando sua análise científica. “A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma instituição atual e um produto do passado.”. Embora não tenha estudado a evolução da língua, Saussure a define como um agente transformador da linguagem e com isso, desperta, no futuro, o estudo também da fala. Nas palavras do teorizador, [...] tudo que é diacrônico na língua, não o é senão pela fala (parole). É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a princípio, por um certo número de indivíduos, antes de entrar em uso.” .Aprofundando-se apenas na Lingüística Sincrônica, o pai do Estruturalismo a divide em duas partes: a Sincronia Sintagmática e a Sincronia Paradigmática. A primeira delas, a Sintagmática, centrada no eixo das combinações dos sintagmas, estabelece relações baseadas no caráter linear da língua que, exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, ou seja, regras que limitam os falares, privilegiando o uso coletivo em oposição ao individual. ,.E a relação Paradigmáticas, que “capta a natureza das relações que os unem em cada caso e cria com isso tantas séries associativas quantas relações existam” .Por outro lado, [...] “enquanto um sintagma suscita a idéia de uma ordem de sucessão e de um número de elementos, os termos de uma família associativa (paradigmática) não se apresentam nem em número definido nem numa ordem determinada...” .Portanto, é possível estudar apenas a estrutura, a (langue), porque, toda língua tem sua estrutura própria, e cada uma delas, seu modo de construção frasal, por isso é possível dizer: “preciso melhorar meu Inglês oral”, numa evidente afirmação de que conhece a gramática daquela língua.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

resenhas quase prontas!