sábado, 21 de novembro de 2009

Resenha!

Introdução a liguistica

princípios de análise , José Fiorin

Resenha!
A parte central da competência lingüística dos seres humanos é saber como os itens lexicais de uma língua se estruturam em uma sentença.O falante de qualquer língua tem o conhecimento total sobre os itens lexicais de sua língua, se organizam para formar expressões cada vez mais complexas, até chegar ao nível da sentença.Imaginemos o léxico de nossa língua como uma espécie de dicionário mental composto pelo conjunto de palavras que utilizamos para construir nossas sentenças. Nossa competência nos permite dividir esse dicionário, agrupando itens lexicais de acordo com algumas propriedades gramaticais que eles compartilham. Essas propriedades nos levam a distinguir um grupo por oposição ao outro. Assim, por exemplo, no processo de aquisição de nossa língua materna, sabemos, desde muito cedo, que um item lexical como mesa é diferente de um item lexical como cair.Sabemos também que as sentenças de nossa língua não são resultados da mera ordenação de itens lexicais em uma seqüência linear. Sem nunca ter passado por um aprendizado formal a respeito desse assunto, sabemos que uma seqüência de palavras como menino bicicleta o da caiu não é uma sentença do português. Sabemos, portanto, que a estrutura da sentença não é linear, mas sim hierárquica.Nossa competência também nos indica que uma sentença se constitui de dois tipos de itens lexicais: de um lado, estão aqueles que fazem um tipo particular de exigência e determinam os elementos que podem satisfazê-la; e de outro, estão os itens lexicais que satisfazem as exigências impostas pelos primeiros. Ex: “O João construiu uma casa”. Intuitivamente, sabemos que o verbo construir é um item lexical do tipo que faz exigências. Construir precisa ser acompanhado de duas outras expressões lingüísticas: uma que corresponda ao objeto construído e outra, ao agente construtor. Uma casa, e o João são as expressões que, respectivamente satisfazem essas exigências impostas por construir.


2. Categorias gramaticais.
Os falantes de uma língua sabem que um certo item lexical pertence a uma determinada categoria gramatical . Qualquer falante da língua portuguesa dirá que a palavra menino é do mesmo tipo que garota ou cachorros e de um tipo diferente das palavras comprar, comprou, compraria, que, por sua vez, são do mesmo tipo que cantar, cantávamos , cantarão. Alguns poderiam dizer que esse saber é conseqüência do conhecimento do significado do item lexical em questão. No entanto se expusermos os falantes a sentenças com palavras inventadas, que não existem no dicionário da língua, mas que exibem o comportamento gramatical próprio de uma determinada categoria de palavras, sem dúvida, tal falante reconhecerá a palavra inventada como integrante da categoria condizente.Ex: Plongar, palavra não encontrada em nenhum dicionário da língua portuguesa.
(1)a. Os meninos plongam sempre aos domingos.
b. Na minha infância, eu plongava todas as tardes.
c. Uma vez, um jornalista do Estado plongou vários artistas aposentados.
d. Quando ele chegou, nós estávamos plongando os convidados todos.
Qualquer falante da português classifica a palavra “plongar” como pertencente á mesma categoria de “cantar” ou “comprar”. Mais ainda, se ele tiver conhecimento da metalinguagem da teoria gramatical dirá não só que plongar é um verbo, mas também que é um verbo que tem um sujeito e um complemento. Ele é capaz de dizer essas coisas, pois é capaz de perceber quais são as propriedades gramaticais – morfológicas, distribucionais e semânticas – que caracterizam cada uma das categorias da língua.Nessas sentenças, “plongar” carrega marcas morfológicas que variam de acordo com os traços de pessoa e numero do elemento que o antecede. Essas marcas também variam dependendo de a situação descrita pela sentença ter ocorrido em um tempo anterior ao momento da fala.Na língua portuguesa, somente itens lexicais do tipo de “plongar”, isto é, verbos, recebem sufixos que denotam o tempo e o aspecto do evento descrito pela sentença e que estabelecem uma concordância de numero e pessoa com o seu sujeito.Além do critério morfológico, a posição de um item lexical, funcionando, assim, como um critério distribucional.As propriedades morfológicas, distribucionais e semânticas próprias de cada um dos itens lexicais de uma língua nos permitem agrupá-los em categorias que passam a ser definidas exatamente pelo fato de que os itens que as integram compartilham tais propriedades gramaticais. Sendo assim, o trabalho do analista da linguagem, é observar o comportamento gramatical de cada um dos itens lexicais que integra o dicionário de sua língua e dividi-los em grupos de itens que exibem comportamentos comuns. Cada grupo corresponde a uma categoria gramatical.O trabalho de agrupamento de itens lexicais de cada uma das línguas naturais em categorias é tão antigo quanto os estudos lingüísticos. Qualquer livro de gramática contém uma seção chamada “classes de palavras”, em quem, a partir de alguns critérios tomados como definidores, classificam-se os itens lexicais de uma língua.O modo como tais livros nos apresentam as categorias gramaticais de nossa língua nos dá a impressão de que o trabalho de classificação dos itens lexicais do português já está pronto, restando-nos somente memorizar os critérios impressos sob a forma de definições e, consequentemente, memorizar os itens que integram cada classe. No entanto, quem já se submeteu á tarefa de analisar a língua viva, defrontou-se com problemas, uma vez que, nesses livros, só vemos tratados os casos prototípicos. É por isso que, no nosso entender, devemos não memorizar, mas iniciar-nos no trabalho de observação das propriedades gramaticais dos itens lexicais de nossa língua para, assim, ter a experiência da própria elaboração de agrupamentos que serviram de base para o estabelecimento das categorias gramaticais.



3. Estrutura de constituintes

As sentenças das línguas naturais são formadas por uma seqüência linear de itens lexicais, porém essa seqüência não é aleatória. Sabemos que uma sentença como (1)a é possível português, diferentemente de (1)b que é impossível no português.

(1) a. O menino comprou uma bicicleta nova com a mesada.
(1) b. A comprou uma menino nova o com bicicleta mesada.

Esse conhecimento é parte de nossa competência lingüística; jamais fomos formalmente ensinados a reconhecer estruturas possíveis ou impossíveis em nossa língua, temos uma instituição a respeito de como as seqüências de elementos lingüísticos devem se estruturar sucessivamente, de modo a formar unidades. Essas unidades são chamadas de constituintes sintáticos.Por exemplo, na sentença (1)a, sabemos que o item lexical “nova” deve se juntar à palavra “bicicleta” para formar um constituinte superior – “bicicleta nova” – que se junta ao item lexical “uma”, para formar um constituinte ainda superior – “uma bicicleta nova”. O mesmo acontece com as palavras “menino” e “o”, que formam um constituinte superior –“o menino”, e com os itens “mesada” e “a”, que formam um outro constituinte – “a mesada” que, por sua vez, se junta com a palavra “com”, para formar um constituinte hierarquicamente superior – “com a mesada”. O verbo “comprou” e os constituintes “uma bicicleta nova” e “com a mesada” se juntam, formando um constituinte hierarquicamente mais alto – “comprou uma bicicleta nova com a mesada”. E, por fim, os constituintes complexos “o menino” e “comprou uma bicicleta nova com a mesada” se juntam para formar o constituinte hierarquicamente mais elevado, que é a sentença.Essa organização é chamada de estrutura de constituintes. Como é impossível de atribuirmos uma estrutura de constituintes ao exemplo (1)b que o torna agramatical.Em resumo, as sentenças das línguas naturais são formadas a partir da estruturação hierárquica de seus constituintes, em que palavras são agrupadas em sintagmas e sintagmas são agrupados em sintagmas mais altos, até que se chegue ao nível da sentença.


3.1 Evidências para a estrutura de constituintes

Tomemos como exemplo a seguinte sentença:(2) O João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã.
Para obtermos certos efeitos discursivos, podemos deslocar os constituintes de várias formas, como:- Topicalização: os vários constituintes da sentença podem ser colocados em posição inicial:

(3)a. Amanhã, o João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’.
(3)b. Na Borders’, o João vai comprar o último livro do Chomsky amanhã.
(3)c. O último livro do Chomsky, o João vai comprar na Borders’ amanhã.
(3)d. Do Chomsky, o João vai comprar o último livro na Borders’ amanhã.
(3)e. Comprar o último livro do Chomsky, o João vai amanhã, na Borders’.

Clivagem: os constituintes da sentença são não só movidos para uma posição frontal, mas também são ‘ensanduichados’ entre o verbo ser e o conectivo que; esse deslocamento serve para construirmos sentenças de foco:

(4)a. É o João que vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã.
(4)b. É o último livro do Chomsky que o João vai comprar na Borders’ amanhã.
(4)c. É na Borders’ que o João vai comprar o último livro do Chomsky amanhã.
(4)d. É amanhã que o João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’.


E, da mesma maneira, alguns constituintes podem ser deslocados para a posição final da sentença:

(5)a. O João contou [toda a história sobre aquele terrível mal-entendido] [para a Maria].
(5)b. O João contou [para a Maria] [toda a história daquele terrível mal-entendido].

Passivização: a estrutura de um constituinte de uma sentença construída com um verbo transitivo direto:

(6)a. O último livro do Chomsky vai ser comprado pelo João amanhã na Broders’.
(6)b. Toda a história daquele terrível mal-entendido foi contada pelo João para a Maria.

Fragmentos de sentenças: ao invés de dar uma resposta completa à pergunta, usa-se uma forma curta, ou seja, um fragmento de sentença. Mas só constituintes podem servir como fragmentos de sentença em respostas:

(7) A: Quem vai comprar o último livro do Chomsky amanhã?
B: O João.
(8) A: O que o João vai comprar amanhã?
B: O último livro do Chomsky.
(9) A: De quem o João vai comprar o último livro amanhã?
B: Do Chomsky.
(10) A: Quando o João vai comprar o último livro do Chomsky?
B: Amanhã.
(11) A: Onde o João vai comprar o último livro do Chomsky?
B: Na Borders’.
(12) A: O que o João vai fazer?
B: Comprar o último livro do Chomsky.
(13)* A: O João vai comprar o último livro do Chomsky amanhã?
B: Vai.


Nota-se que, em (13), consegue-se isolar um constituinte – o verbo auxiliar vai – que não havíamos conseguido separar pelas construções que envolvem movimento.- Pronominalização: evidência sintática que comprova a estrutura de constituintes e que já não diz mais respeito à sua distribuição na sentença; as línguas naturais utilizam-se de proformas para retomar a referência de entidades e eventos já mencionados na sentença ou no discurso. As proformas, no entanto, só substituem constituintes sintáticos, portanto, toda vez que pudermos substituir uma seqüência de palavras por uma proforma, vamos estar diante de um constituinte sintático:

(14)a. O João vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã.
(14)b. Ele vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã. (o João)
(14)c. O João vai comprá-lo na Borders’ amanhã. (o último livro do Chomsky)
(14)d. O João vai comprar o último livro do Chomsky lá amanhã. (na Borders’)
(14)e. O João vai fazê-lo amanhã. (comprar o último livro do Chomsky na Borders’)
(14)f. O João vai fazê-lo. (comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã)
Elipse: evidenciar constituintes cujo núcleo é o verbo; respeitadas certas condições discursivas, algumas partes da sentença podem ser elididas:
(15) A: A criança não vai parar de gritar.
B: Eu acho que ela vai [parar de gritar], mas só se você parar de dar bola para ela.
(16)a. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria também [vai comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã].
(16)b. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria também vai [comprar o último livro do Chomsky na Borders’ amanhã].
(16)c. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria vai [comprar o último livro do Chomsky na Borders’] na segunda-feira.
(16)d. O João vai comprar o último livro do Chomsky no Borders’ amanhã e a Maria vai [comprar o último livro do Chomsky] na Brentano’s

Os exemplos em (16) mostram que a elipse se aplica sobre um constituinte de sentença coordenada, que é idêntico a um constituinte da primeira sentença. Isso mostra que aquilo que a gramática tradicional chama predicado tem uma estrutura bastante complexa, sendo formado por vários constituintes hierarquicamente relacionados.Em resumo, vimos vários fatos sintáticos que evidenciam que as sentenças das línguas naturais não podem ser entendidas apenas como uma seqüência linear de palavras. Elas são formadas por constituintes hierarquicamente estruturados. Porém, esses fatos sintáticos assumem um papel especial quando deparamos com um certo tipo de sentença ambígua. Nesses casos, além de evidenciar a estrutura de constituintes das sentenças das línguas naturais, esses fatos servem também para mostrar que existem ambigüidade que são causadas pela possibilidade de estarmos diante de duas ou mais estruturas sintáticas distintas.


3.2 Ambigüidades estruturais

Temos a seguinte sentença:
(17) O Pedro viu a menina com o binóculo

.Essa sentença tem duas possíveis interpretações. Em primeiro entende-se que o Pedro viu a menina através do binóculo que ele trazia com ele. Em segundo entende-se que a menina que o Pedro viu carregava um binóculo. Ou seja, na primeira interpretação, a expressão com o binóculo é entendida como o instrumento que possibilitou ao Pedro ver a menina; na segunda interpretação, a mesma expressão é entendida como algo que qualifica a menina que o Pedro viu.
Em contextos apropriados, a sentença (17) deixaria de ser ambígua: um contexto específico nos levaria a uma interpretação e não a outra. A sintaxe tem como um de seus objetivos o estabelecimento de princípios gerais que se apliquem de maneira uniforme a um tipo de sentença, independentemente do contexto particular em que ela foi enunciada. O que a sintaxe vai fazer é investigar a possibilidade de a ambigüidade de uma sentença como (17) estar associada a diferentes estruturas. Por exemplo:

(18)a. [Com o binóculo], o Pedro viu a menina.
(18)b. Foi [com o binóculo] que o Pedro viu a menina.
(19)a. [A menina com o binóculo], o Pedro viu.
(19)b. Foi [a menina com o binóculo] que o Pedro viu.Nas sentenças (a), acima, usamos a topicalização, e nas sentenças (b), usamos a clivagem. Com esses movimentos a ambigüidade desaparece.Vejamos os resultados da passivização:
(20)a. [A menina] foi vista pelo Pedro [com o binóculo].
(20)b. [A menina com o binóculo] foi vista pelo Pedro.

De novo, com a aplicação da passiva, a ambigüidade da sentença original se desfaz. A aplicação do teste de fragmento de sentença confirma essa idéia:

(21) A: Quem Pedro viu com o binóculo?B: A menina.
(22) A: Quem o Pedro viu?B: A menina com o binóculo.

O mesmo acontece com a pronominalização:

(23)a. O Pedro a viu com o binóculo. (a = a menina)
(23)b. O Pedro a viu. (a = a menina com o binóculo)

A primeira leitura, a de que o Pedro viu a menina através do binóculo está associada à possibilidade de “a menina” e “com o binóculo” serem dois constituintes separados. E a segunda leitura, a qual a menina que o Pedro viu carregava um binóculo está associada à possibilidade de “a menina com o binóculo” ser o único constituinte sintático. Assim, todos os movimentos e substituições de constituintes revelam essas possibilidades e evidenciam o caráter estritamente sintático da ambigüidade da sentença (17).


4. Predicados e argumentos

Considerando que usamos a língua para pensar, entendemos que os pensamentos são representações mentais da língua.Imaginemos uma fotografia. Se várias pessoas a observarem certamente cada uma irá sugerir uma determinada situação para o momento em que a fotografia foi tirada.Cada situação interpretada corresponde a uma palavra que é um verbo. Essas situações envolvem um determinado numero de participantes dependentemente de qual verbo é usadoHá verbos que requerem apenas um participante e outros que requerem mais de um, esses participantes são chamados de argumentos do predicado.Logo, argumentos do predicado são elementos que desempenham papeis específicos determinados pelos verbos.

Ex1: Criança adora gato.Adorar = Criança e Gato
Ex2: O gato está correndo pela salaCorrer = Gato

Os verbos são considerados predicados por excelência mas as preposições, os nomes e os adjetivos também podem desempenhar essas mesma função. Sendo assim, esses elementos determinam o numero de participantes da situação, as características desses participantes e o papel que cada um deles desempenha na situação.É importante lembrar que a noção de predicado tratada aqui não se refere exatamente ao predicado da gramática tradicional. Aqui predicados são itens capazes de impor condições sobre os elementos que constituem a situação. E argumentos são itens que satisfazem as exigências de combinação do predicado.Tratemos agora das preposições.A preposição Contar, por exemplo, comporta-se como os verbos em determinadas sentenças.

Ex: Houve uma guerra da criança contra o gato.Contra = criança e gato
Nessa situação se expressa o envolvimento de dois participantes, esses participantes atendem às exigências impostas pela preposição.Já nos nomes há uma relação de predicação dentro do próprio predicado.
Ex: A destruição dos novelos pelo gato vai irritar a mãe.Irritar = destruição dos novelos pelo gato e mãeDestruição = gato e novelos
Considerando agora os adjetivos as sentenças expressam propriedades que precisam ser atribuídas às entidades.
Ex: A poltrona é vermelha.Vermelha = poltrona.As exigências impostas pelos predicados podem ser de dois tipos: semânticas e sintáticas.· Semânticas: está relacionada aos papeis dos participantes na situação descrita. Tecnicamente são chamados de papeis temáticos. Papeis temáticos são papeis desempenhados por todo argumento de um predicado e quem define o papel do argumento é o próprio predicado.
Ex: O gato arrebentou um monte de lã.Arrebentou = arrebentador e arrebentadoPredicado agente pacienteAs informações semânticas aparecem nas sentenças de modo explicito diferente das informações de sintaxe que veremos a seguir.· Sintaxe: se dá pela relação que há entre o núcleo e seu complemento e pela relação entre o sub-constituinte (núcleo e complemento) e o especificador.
Ex: “João comprou batatas
Analise semântica:Comprar = João e batatas redicado argumentos-
Analise sintática:João:Papel = agente externoPosição= especificadorBatatas:
Papel= agente internoPosição= complemento (sub-constituinte)
Vale lembrar que as sentenças também podem conter constituintes que não são previstos como exigências dos predicados no léxico.
Ex: ”O João comprou batatas ontem.”João:Papel = agente externo
Batatas:Papel= agente interno
Ontem:Papel= AdjuntoO adjunto não forma um novo nível hierárquico, ele apenas repete o rotulo sintagma verbal. É exatamente isso que diferencia sintaticamente os argumentos e os adjuntos

sábado, 14 de novembro de 2009

Estruturalismo por Saussure

ESTRUTURALISMO, SEGUNDO SAUSSURE

Sincronia e Diacronia, segundo Saussure.O estruturalismo de Ferdinand Saussure ocupou-se do estudo sincrônico da língua, e, mesmo não tendo usado a nomenclatura, Estruturalismo, deixou valioso estudo sobre a estrutura da língua a que chamou de sistema. A publicação de seu trabalho intitulado “Cours de linguistique général” só se deu em 1916, três anos depois de sua morte. Este trabalho serviu de modelo e inspiração da corrente estruturalista, pós-saussuriana, em abordagens social, cultural e psicológicas, entre outras. O estudo dos signos ou, teoria geral da semiologia de Saussure, examina os elementos da linguagem (idioma) sincronicamente, e relega a Diacronia, a fala..A lingüística de Saussure baseava-se no estudo da estrutura da língua, e do uso coletivo, comum a todos os falantes, desprezando o individual, por considerar que a língua é homogênea e dinâmica, enquanto a fala é mutável. Assim, separou em langue e parole, a fim de estudar a língua, como sistema e dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue.“O mérito de Saussure consiste em lançar as bases para a compreensão do conceito de estrutura, plavra-chave para o desenvolvimento do pensamento lingüístico e das ciências sociais, a partir da década de 40. A idéia difundiu-se a ponto de constituir o fulcro da tendência conhecida por Estruturalismo” .Para Saussure, a língua é um sistema homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos e deve ser estudado separado da fala. Para ele, o estudo da fala seria problemático, por envolver todas as possibilidades imprimidas nela pelos falantes, impossibilitando sua análise científica. “A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma instituição atual e um produto do passado.” .Embora não tenha estudado a evolução da língua, Saussure a define como um agente transformador da linguagem e com isso, desperta, no futuro, o estudo também da fala. Nas palavras do teorizador, [...] tudo que é diacrônico na língua, não o é senão pela fala (parole). É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a princípio, por um certo número de indivíduos, antes de entrar em uso.” .Aprofundando-se apenas na Lingüística Sincrônica, o pai do Estruturalismo a divide em duas partes: a Sincronia Sintagmática e a Sincronia Paradigmática. A primeira delas, a Sintagmática, centrada no eixo das combinações dos sintagmas, estabelece relações baseadas no caráter linear da língua que, exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, ou seja, regras que limitam os falares, privilegiando o uso coletivo em oposição ao individual. E a relação Paradigmáticas, que “capta a natureza das relações que os unem em cada caso e cria com isso tantas séries associativas quantas relações existam” .Por outro lado, [...] “enquanto um sintagma suscita a idéia de uma ordem de sucessão e de um número de elementos, os termos de uma família associativa (paradigmática) não se apresentam nem em número definido nem numa ordem determinada...” .Portanto, é possível estudar apenas a estrutura, a (langue), porque, toda língua tem sua estrutura própria, e cada uma delas, seu modo de construção frasal, por isso é possível dizer: “preciso melhorar meu Inglês oral”, numa evidente afirmação de que conhece a gramática daquela língua..
Sincronia e Diacronia, segundo Saussure.O estruturalismo de Ferdinand Saussure ocupou-se do estudo sincrônico da língua, e, mesmo não tendo usado a nomenclatura, Estruturalismo, deixou valioso estudo sobre a estrutura da língua a que chamou de sistema. A publicação de seu trabalho intitulado “Cours de linguistique général” só se deu em 1916, três anos depois de sua morte. Este trabalho serviu de modelo e inspiração da corrente estruturalista, pós-saussuriana, em abordagens social, cultural e psicológicas, entre outras. O estudo dos signos ou, teoria geral da semiologia de Saussure, examina os elementos da linguagem (idioma) sincronicamente, e relega a Diacronia, a fala. .A lingüística de Saussure baseava-se no estudo da estrutura da língua, e do uso coletivo, comum a todos os falantes, desprezando o individual, por considerar que a língua é homogênea e dinâmica, enquanto a fala é mutável. Assim, separou em langue e parole, a fim de estudar a língua, como sistema e dedicou-se apenas ao primeiro caso, a langue.“O mérito de Saussure consiste em lançar as bases para a compreensão do conceito de estrutura, plavra-chave para o desenvolvimento do pensamento lingüístico e das ciências sociais, a partir da década de 40. A idéia difundiu-se a ponto de constituir o fulcro da tendência conhecida por Estruturalismo”.Para Saussure, a língua é um sistema homogêneo, um conjunto de signos exterior aos indivíduos e deve ser estudado separado da fala. Para ele, o estudo da fala seria problemático, por envolver todas as possibilidades imprimidas nela pelos falantes, impossibilitando sua análise científica. “A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma instituição atual e um produto do passado.”. Embora não tenha estudado a evolução da língua, Saussure a define como um agente transformador da linguagem e com isso, desperta, no futuro, o estudo também da fala. Nas palavras do teorizador, [...] tudo que é diacrônico na língua, não o é senão pela fala (parole). É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a princípio, por um certo número de indivíduos, antes de entrar em uso.” .Aprofundando-se apenas na Lingüística Sincrônica, o pai do Estruturalismo a divide em duas partes: a Sincronia Sintagmática e a Sincronia Paradigmática. A primeira delas, a Sintagmática, centrada no eixo das combinações dos sintagmas, estabelece relações baseadas no caráter linear da língua que, exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo, ou seja, regras que limitam os falares, privilegiando o uso coletivo em oposição ao individual. ,.E a relação Paradigmáticas, que “capta a natureza das relações que os unem em cada caso e cria com isso tantas séries associativas quantas relações existam” .Por outro lado, [...] “enquanto um sintagma suscita a idéia de uma ordem de sucessão e de um número de elementos, os termos de uma família associativa (paradigmática) não se apresentam nem em número definido nem numa ordem determinada...” .Portanto, é possível estudar apenas a estrutura, a (langue), porque, toda língua tem sua estrutura própria, e cada uma delas, seu modo de construção frasal, por isso é possível dizer: “preciso melhorar meu Inglês oral”, numa evidente afirmação de que conhece a gramática daquela língua.